O maravilhoso mundo da bricolage
Todos as alturas são boas para ir ao Aki e à China feliz (cá em casa, todas as lojas de chineses se chamam China feliz): um tubo de cola de madeira, um suporte para panos, um vidro, um candeeiro, um tapete, um ancinho, enfim, tudo se arranja. No meu ADN não existe sequer um gene de competências bricoleiras, mas gosto de andar pelos corredores a ver os barbecues, os fertilizantes, os polibains, cadeiras de jardins, "afasta-mosquitos" de jardim, "a máquina de medir distâncias" e isto sem falar no incrível mundo dos cortinados e das lareiras a fingir.
Mas nada que se compare à drogaria do Sr. D. com os balcões em madeira e onde se conhecia o nome do cliente da cidade ou do lavrador da aldeia que vinha ao arame para o galinheiro, ao pesticida, ao cartucho de soda caústica ou aos arreios para a mula.
Os empregados, a quem se reconhecia sabedoria, contas feitas de cabeça ou num papel cinzento no balcão, iam e vinham num rodopio de material e dos eficientes livros de talões que destacavam pelo ponteado.
Mas o que eu gostava mesmo era da mistura de cheiros que nunca encontrei em mais lugar nenhum e agora o Sr. D. tem uma moderna e eficiente drogaria mas igual a tantas outras.
Levava-se o "recado" escrito num papel, com as quantidades, medidas, uma explicação completamente primária ou a peça a substituir e era "recado aviado".
Agora a explicação continua a ser completamente primária mas já não vem no papel:
- Queria um chuveiro para o misturador da cozinha; não pode ser dos pequenos.
- Macho ou fêmea? 22, 24 ou 26?
- Normal. Se calhar não me estou a explicar bem.
Três euros depois e com a ajuda de um empregado eficiente, está aqui um lava-louças que se pode ver.
1 Comments:
De um antigamente que se reconfigurou e perdeu sabor mas continua eficiente :)
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