domingo, abril 16

Lisboa, uma cidade às moscas. Um post de Eduardo Pitta:

"O espectáculo repete todos os anos: hordas de turistas desazados sem saber o que fazer em Lisboa entre sexta-feira da Paixão e domingo de Páscoa. Três dias de vazio absoluto. Museus fechados. Restaurantes fechados. Lojas fechadas. A avaliar pela opinião publicada, as pessoas preocupam-se com a «ponte» da Função Pública (a tarde de quinta-feira), como se a folga dos amanuenses precipitasse o país num buraco negro. Acontece que a «ponte» da Função Pública é exactamente igual à «ponte» dos Bancos, das Seguradoras, das empresas públicas e privadas, dos correios, das Câmaras municipais, dos escritórios de advogados, dos dentistas, dos consultórios médicos, dos laboratórios de análises, das mulheres-a-dias, dos quiosques de jornais, dos tribunais, do parlamento, etc. E não vejo ninguém reclamar. A única diferença é que a «ponte» da Função Pública começou no Estado Novo e as outras começaram no guterrismo. (...)"

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A FNAC do Chiado estava aberta, passei lá na tarde de domingo de Páscoa e gastei um dinheirão - muito bem gasto; havia muitos museus abertos porque alguns funcionários - os suficientes para assegurar os serviços mínimos - não fizeram greve; os cinemas estavam abertos e com pouca gente nas sessões; etc, etc.

12:38 da manhã  

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