quarta-feira, abril 7

Bem sei que tenho andado arredada daqui, mas é o sono, caros leitores. É o sono à noite. É também uma inquilina nova que desaparece a toda à hora para se enroscar nos locais mais insólitos. Come, não come, ando pela casa a espreitar por debaixo dos sofás, das camas, em cima dos armários, dentro das máquinas, no frigorífico, e nada. Tira-me do sério, a minha Zecky (pus-lhe há pouco este nome e ela não reclamou), a minha gata adulta, que não se deixa agarrar nem ver. Dizem-me que é normal, que os bichanos são assim. Parecidos com os humanos, digo eu. Precisam de se habituar a um novo espaço, a cohabitar com um novo ser humano, ganhar confiança, sentirem-se acarinhados para, pouco a pouco, terem o seu canto no coração do outro e no sofá da sala.
Ando ralada com a minha Zecky, enroscada nalgum canto (porventura com cotão), assustadiça, receosa de aparecer, com o seu olho azul e pêlo branco.
Zecky, bichana, Zecky...
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