Uma loura de cara lavada
Eu já devia ter escrito isto antes da sua morte. Quando há dias a revi na série que lhe deu fama, recordei-me do enorme sucesso da sua cabeleira loura e dentes brilhantes, muitos anos antes dos branqueadores milionários.
Eu também queria, quando fosse grande, ter aqueles cabelos ondulados e compridos, vestir roupas maravilhosas, um corpo espantoso, e um marido como o Ryan O'Neal, o tal do Love Story, de cuja música o meu pai tanto gostava. Curiosamente, recordo-me dela sempre como Farrah Fawcett Majors, dos tempos em que esteve casada com um galã de Hollywood estilo Donald Trump um pouco para melhor.
Quero lembrar-me dela sempre fantástica nas inúmeras personagens que representou enquanto intrépida detective dos Anjos de Charlie, se bem que a minha preferida fosse a Kate Jackson, a mais próxima de mim pela cor do cabelo. Fosse qual fosse a aventura da semana, enfermeira, cantora country, mecânica de automóveis ou tratadora de cavalos, não se via uma nódoa na roupa ou uma madeixa desalinhada por entre correrias ou golpes de karaté. Os Anjos de Charlie estavam sempre impecáveis.
E talvez porque noutros tempos as séries não eram tão abundantes e as vedetas em menor número, as adaptações para cinema nunca me convenceram. Uma loura de cabelo curto e uma ruiva falsa ? A Demi Moore e fatos de cabedal? Não há "devota" que aguente.
Morreu cedo, a loura Farrah, sem cabelo de tantos químicos, um filho preso e um companheiro destrambelhado, a elegante Jill Monroe dos nossos tempos de juventude.
1 Comments:
as saudades que vou sentir dela
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