Tempos e ambientes
Procurar outros ares com livros deliciosos como Paris secret et insolite e Maisons d'écrivains et d'artistes : Paris et ses alentours, onde se descobrem locais escondidos a olhares pouco atentos e ambientes cheios de segredos "qui vibrent encore du parfum d'une présence".
Assim, é com gosto que abrimos as portas de Madame de Sévigné no l'hotel Carnavalet, Delacroix em Saint-Germain-des-Près, Proust em Illiers-Combray, ou o escritório e o último quarto de Roger Martin du Gard no Chateau du Tertre.
Encantados, descobrimos uma placa no Quai aux Fleurs que assinala a casa onde viveram os amantes Heloísa e Abelardo, os lavabos Arte Nova da Madeleine ou a "Rue du chat-qui-médite" na Cité Florale (13e) com ruas de nomes de flores, poucos automóveis, tranquilidade e doçura de viver.
Descobrir também outros tempos mais gloriosos através das palavras dos sábios, no colóquio internacional sobre os feitos do Jesuíta Português Tomás Pereira (1645-1708), hábil mediador das relações sino-russas e factor de apaziguamento entre o Imperador Kangxi e a Missão Católica na China.
Foi também com gosto ouvir Rui Ramos na Fundação Gulbenkian, no âmbito do Ciclo de Conferências da exposição Weltliteratur falar sobre História e romance histórico.
Livros e momentos agradáveis que nos levam para longe daqui.
1 Comments:
Madame, isto é uma beleza, isto é 'charmant', isto é um 'must', mas ... isto é um complot!
Eu aqui a tentar 'esquecer' Paris (como se isso fosse possível) e Madame segue as pisadas proustianas do Grand Seigneur e ambos tratam de me arrastar em braços através da agonia da saudade.
Da paixão.
E isso, Madame, isso não é bonito.
O Grand Seigneur (aka O Jansenista) será imune aos apelos de uma alma tolamente aflita (outras preocupações o ocupam - e muito bem -) , mas Madame, com essa sensibilidade nobilíssima, sei que atenderá às suplicas de uma pobre romântica: não publiqueis tão frequentemente postaizinhos da cidade-luz, ou não haverá nem cacos para apanhar...
A sua devota,
Meow
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