sexta-feira, outubro 17

Quando se sabe que se chega a Lisboa

Quando no aeroporto se assiste a discussões entre taxistas devidamente arbitradas por polícias e quando a única palavra que se escuta do motorista é a palavra oito. Nem bom-dia nem boa tarde. Só mais tarde percebi o motivo da mensagem que me aconselhava a não discordar do preço da viagem. Em contrapartida, um café custa um euro e o Marlboro não custa cinco e quinze. A verdade é que os aeroportos estão cada vez mais maçadores. Apetece-me sempre dizer aos polícias dos raios X e à senhora que me pede para abrir os braços, que estou do lado dos bons, que não levo nada que me faça explodir nem dar cabo da civilização. Seja como for, não deixa de ser aborrecido ficar sem o frasco de perfume ou sem o creme da barba, como aconteceu com o casal à minha frente, a quem vi toda a roupa que transportavam. Deviam ter aprendido comigo: um kit viagem faz maravilhas e não embaraça ninguém.
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