Os nossos lugares.
Aproveitando essa cantiga de um Yves Montand ainda moço, um texto que escrevi de Paris. Apesar do tempo me ir libertando de lugares antigos, dos quais vou sentido uma ligação cada vez menor, acho que devemos ter os nossos lugares. As razões podem ser diversas: porque nos fazem sentir bem, nos quais fomos felizes, pela sua beleza, ou porque simplesmente nos encantámos por eles.
Em Paris há um local onde volto sempre. Gosto do sossego daquela praça e da originalidade da igreja. Fechamos a cancela, sentamo-nos no banco, quase sempre sozinhos, e ficamos por ali, ao lado da árvore mais antiga da cidade. Com sorte ainda assistimos a um concerto na igreja, sóbria, antiga e de decoração bizantina. Testemunha de várias épocas e revoluções, a igreja de Saint-Julien-le-Pauvre é actualmente Greco-Católica Melquita, de rito bizantino, como o prova a iconografia do seu interior. A pena que tenho de não sentir o mesmo na cidade onde vivo.
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