Em busca de um Mundo Perdido
Em busca de um Mundo Perdido
"Em 1960, fomos, pela directora do Serviço de Música da Fundação Gulbenkian, Drª Maria Madalena de Azeredo Perdigão, encarregados de proceder à recolha dos instrumentos musicais populares do País, em vista a documentar, de modo tão completo quanto possível, esse elemento fundamental da nossa cultura. O empreendimento, que nenhuns ensinamentos ou experiências anteriores apoiavam, suscitou problemas e dificuldades muito consideráveis.
(...)Para o trabalho que empreenderamos calcorreámos vezes sem conta o País de norte a sul e de leste a oeste, acorrendo às suas festas, contactando cada vez mais intimamente com todo esse universo através da sua gente: mas esse trabalho, e mais concisamente a recolha dos instrumentos, feitos verdadeiramente no limiar das últimas possibilidades, foi por isso, às vezes, muito árduo. Grande número de espécies, e algumas de entre as mais importantes, pertenciam já então ao mundo dos «tempos perdidos», das coisas que só existem esquecidas em velhas arcas, desligadas da vida, ou até mesmo unicamente na memória incerta de pessoas de outra idade."
Ernesto Veiga de Oliveira, 1982. Publicado na Revista da JMP "Arte Musical", Número especial, por ocasião da Quinzena de Etnomusicologia (Outubro de 1982), pp. 6 a 10.
Domingos Morais (Janeiro de 2000)
"Em 1960, fomos, pela directora do Serviço de Música da Fundação Gulbenkian, Drª Maria Madalena de Azeredo Perdigão, encarregados de proceder à recolha dos instrumentos musicais populares do País, em vista a documentar, de modo tão completo quanto possível, esse elemento fundamental da nossa cultura. O empreendimento, que nenhuns ensinamentos ou experiências anteriores apoiavam, suscitou problemas e dificuldades muito consideráveis.
(...)Para o trabalho que empreenderamos calcorreámos vezes sem conta o País de norte a sul e de leste a oeste, acorrendo às suas festas, contactando cada vez mais intimamente com todo esse universo através da sua gente: mas esse trabalho, e mais concisamente a recolha dos instrumentos, feitos verdadeiramente no limiar das últimas possibilidades, foi por isso, às vezes, muito árduo. Grande número de espécies, e algumas de entre as mais importantes, pertenciam já então ao mundo dos «tempos perdidos», das coisas que só existem esquecidas em velhas arcas, desligadas da vida, ou até mesmo unicamente na memória incerta de pessoas de outra idade."
Ernesto Veiga de Oliveira, 1982. Publicado na Revista da JMP "Arte Musical", Número especial, por ocasião da Quinzena de Etnomusicologia (Outubro de 1982), pp. 6 a 10.
Domingos Morais (Janeiro de 2000)
Sons, instrumentos e músicas (Minho, Beira-Baixa, Trás-os-Montes, Douro Litoral, Açores, Alentejo, etc.) podem ser ouvidos qui.
(foto)
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