quarta-feira, outubro 17

Horror à la minute

Não estão ainda editadas as entrevistas de bastidores que fiz a Vicky Fernandes, Lili Caneças e Tenente durante a Moda Lisboa, mas antes que me esqueça, uma pequena nota sobre fotografias. Não são as que eu tiro, claramente más ou melhor, horrivelmente escuras, mas sobre outras que também não lhe ficam atrás.
Falo das fotografias à la minute, aquelas que se fazem geralmente no Metro, tiradas à pressa, sem pose nem pente, e que nos tornam umas cadastradas em potência. Já não me recordava da última vez que estive enfiada naquelas cabines presas por cortinas a olhar para o boneco e a acertar o banco. Mas desta vez foi necessário e, munida de quatro moedas de um euro, instalei-me o melhor que pude, quando começo a ouvir uma voz do além. Lá dentro, soava uma menina que mal sabia falar português e ia dando as instruções o melhor que podia. Pareceu-me eslava mas também com algum sotaque nipónico. Não foi conclusivo. O tempo de exposição única já lá vai. Agora é como no multibanco: temos três expressões à escolha e o freguês escolhe a melhor ou a menos má. É ir carregando nas teclas verdes, para cima, para baixo e para os lados e tudo num português de fugir, mas não pode, antes que a luz dispare.
Não sei como, mas lá sairam as quatro fotografias tipo passe. A menina agradeceu-me e espera que eu volte lá em breve. A avaliar pelos exemplares saídos da máquina, também eu posso ser ucraniana, japonesa ou mesmo cabo-verdeana. Só falta mesmo uma placa com números ao pescoço.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ainda me lembro,quando no liceu,tirava-mos alguns 15 dentro destas máquinas,aquilo é que era,minha amiga.

Cumprimentos,está convidada,para quando me sair o euromilhões para um fim de tarde num terraço igual aquele no post mais abaixo,a menos que não queira disfrutar de um luxo daqueles minha amiga.

12:09 da tarde  

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