Dias de Verão (9)
E enquanto uns rapazolas cheios de preocupações sociais invadem milheirais alheios, algures numa praia portuguesa, constato eternecida a séria penalização de comportamentos heréticos como dar dois beijinhos na cara, sendo igualmente desaconselhável o tratamento por tu entre crianças da mesma idade. Sim, porque isso da propriedade privada é coisa sagrada. Quem quiser ler fantasias sobre a colectivização dos meios de produção e Torres Belas, empresto o livro da Zita Seabra e o dvd do jornal Público.
Mas que dizer de tanta amabilidade, num dos últimos redutos em que nos chamam pelo nome, um microcosmos em que a saudação é mais do que um mero código de socialização, em que uma banalidade é mais que um pretexto de cortesia, um livro um emaranhado de histórias longas de fim de tarde, e agora até os blogs, sinal dos tempos, são ponto de encontro entre afinidades?
São as tardes em fato de banho ou de casaco leve. Tem dias. E noites frias.
Mas lá está: quem está mal muda-se. De praia, mas não de barraca.
PS - Post escrito sob o efeito de um euro de pevides.
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