terça-feira, novembro 7

Cartas & fontes

Está a decorrer em Lisboa o colóquio internacional "Cartografar África em Tempo Colonial (1876-1940): Um Registo Patrimonial para a Compreensão Histórica dos Tempos Actuais, onde serão apresentados estudos feitos sobre os mapas cartográficos que resultaram das missões científicas realizadas nos séculos XIX e XX na África Lusófona. Como refere uma responsável pela organização citada pelo DN "é enorme a importância desta cartografia como fonte histórica. Faz notar que "a história de África e a história colonial só têm sido feitas com base em fontes escritas, sem se recorrer a esta cartografia pormenorizada e direccionada politicamente". Mappa da India

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oportuno anúncio. Mas com todo o respeito, à DrªMaria Emília Madeira Santos mais valera falar menos. Então "a história de África e a história colonial só têm sido feitas com base em fontes escritas, sem se recorrer a esta cartografia pormenorizada e direccionada politicamente"? Então e o Visconde de Santarém, para só falar do caso mais paradigmático? Se tivesse verba e pachorra, no Natal oferecia á distinta africanóloga (a tal que publicou os diários de Serpa Pinto expurgados dos comentários mais brejeiros)a nóvel edição do "Atlas" do Visconde de Santarém, com um cartãozinho a recomendar a soberba introdução de Martim de Albuquerque a benefício de aprendizagem. E desculpe a Miss Pearls utilizar-lhe a "caixa" para estes desabafos...

8:36 da tarde  
Blogger M Isabel G said...

Caro Sr,
Eu é que agradeço a sua visita. Mas permita-me uma questão (que eu de cartografia não sei muito): o Atlas do Visconde de Santarém não trata sobretudo de cartografia medieval?

10:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sim senhor, cartografia dita "antiga". Por isso mesmo recomendei a leitura do texto de M. de Albuquerque para se perceber que a cartografia do Atlas foi produzida para sustentar a "Memória" do mesmo Visconde, redigida a solicitação do Governo Português no contexto da disputa territorial oitocentista, assente em critérios de prioridade de descoberta. Em suma, no contexto da definição dos fundamentos dos chamados domínios coloniais europeus. O que o Visconde de Santarém faz com a produção do Atlas (em apenso à "Memória") é precisamente história "com base em fontes escritas" recorrendo a "cartografia pormenorizada e direccionada politicamente". Mas, enfim, recordo-me agora que para acentuar o disparate da Drª MEMSantos teria bastado aludir à monumental colecção dos "Tratados Aplicáveis ao Ultramar" de José de Alamada e a estreita ligação da investigação à cartografia oitocentista e novecentista, de que aliás junta inúmeros exemplares em caixas próprias.
As minhas desculpas pela prolixidade, mas a benefício dos interessados.

11:45 da tarde  

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