terça-feira, junho 27

Inexplicável, obscuro, inevitável, fatal como o destino

Em breve, um post sobre o insondável mistério da nódoa que cai na saia que mais gostamos, da blusa querida queimada pelo ferro de engomar, dos sapatos do coração com o salto partido, do casaco de estimação rasgado num prego, do botão irrecuperável, da traça na camisola mais gira, da luva da mão esquerda que se perde, da jarra da avó que se parte, o abat jour de vidro insubstituível, o livro da dedicatória que desapareceu, o telemóvel dele que nos cai das mãos, os únicos óculos apresentáveis que se perdem, a chávena de estimação em cacos no lava-louça, do cão que rói a melhor carteira e um dos brincos emprestados que leva sumiço. Tudo enigmas ocultos à espera de uma resposta.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:) Sobre estes regimes caóticos dos 'objectos' diria, como Agamben: 'O irreparável... não é propriamente uma modalidade do ser, mas é o ser que se dá desde logo na modalidade, é as suas modalidades'
Lembranças

10:51 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caralho, Miss!!! Nunca mais escreves sobre a bola. Fodasse, puta que os pariu!!!

10:56 da manhã  
Blogger M Isabel G said...

Olá António,
Eu sei, mas não deixa de ser aborrecido.
Nota especial: autora com verniz das unhas vermelho caído em polo branco de estimação.

10:56 da manhã  
Blogger K. said...

Concordo com o António.

7:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ando à pouco tempo pelo mundo da blogosfera. Espantava-me a qualidade e o civismo dos comentários. Não estava à espera de tão bom. Mas aparece sempre a nódoa e a verdade é que a regra tem sempre a sua excepção. É o princípio Universal dos contrários.Fatal como o destino.

2:32 da tarde  

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