Inexplicável, obscuro, inevitável, fatal como o destino
Em breve, um post sobre o insondável mistério da nódoa que cai na saia que mais gostamos, da blusa querida queimada pelo ferro de engomar, dos sapatos do coração com o salto partido, do casaco de estimação rasgado num prego, do botão irrecuperável, da traça na camisola mais gira, da luva da mão esquerda que se perde, da jarra da avó que se parte, o abat jour de vidro insubstituível, o livro da dedicatória que desapareceu, o telemóvel dele que nos cai das mãos, os únicos óculos apresentáveis que se perdem, a chávena de estimação em cacos no lava-louça, do cão que rói a melhor carteira e um dos brincos emprestados que leva sumiço.
Tudo enigmas ocultos à espera de uma resposta.
5 Comments:
:) Sobre estes regimes caóticos dos 'objectos' diria, como Agamben: 'O irreparável... não é propriamente uma modalidade do ser, mas é o ser que se dá desde logo na modalidade, é as suas modalidades'
Lembranças
Caralho, Miss!!! Nunca mais escreves sobre a bola. Fodasse, puta que os pariu!!!
Olá António,
Eu sei, mas não deixa de ser aborrecido.
Nota especial: autora com verniz das unhas vermelho caído em polo branco de estimação.
Concordo com o António.
Ando à pouco tempo pelo mundo da blogosfera. Espantava-me a qualidade e o civismo dos comentários. Não estava à espera de tão bom. Mas aparece sempre a nódoa e a verdade é que a regra tem sempre a sua excepção. É o princípio Universal dos contrários.Fatal como o destino.
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