Com jeito vai... na sacristia!
"(...)Com efeito, não há como um realizador português para arrombar um clássico da litertura portuguesa.
(...)Do clássico, sobraram os nomes das personagens principais e a situação narrativa central - um jovem padre que cede à tentação da carne. De resto, e por uma questão de coerência, o telefilme deveria chamar-se Nove Semanas e Meia de um Padre na Zona J.
Este padre Amaro chega a Lisboa e é colocado num bairro "difícil" onde há muita "exclusão" e pouca devoção. E entra logo numa onda de Bloco de Esquerda, porque anda sempre à futrica, põe-se ao lado dos moradores contra a polícia durante uma rusga para prender um dealer e angaria fiéis com concertos de rap.
Como os padres têm que cultivar a modernidade e não estamos numa telenovela da TVI, em que as coisas importantes levam 30 episódios a acontecer, Amaro pouco demora a enrolar-se com a carnuda Amélia, o que dá direito a umas cenas de sexo que fariam voar o monóculo do Eça se ele as visse. Por esta altura, o filme poderia voltar a ser titulado como Com Jeito Vai... na Sacristia!
Em redor do parzinho pecador gravitam umas beatas caricaturais, dois invertidos de revista do Parque Mayer, uns "jovens" irados contra a "exclusão", um vilão grunho e três padres velhos e depravados, um deles - surpresa! - pedófilo, interpretado por Nicolau Breyner (coitado!).
Um crime, Padre Amaro! "
Com jeito vai... na sacristia! -Eurico de Barros, DN
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