terça-feira, outubro 11

Fomos de modas

E Domingo à noite fechou-se o Pátio da Galé para a Moda Lisboa: desapareceram as meninas pernilongas, os fotógrafos, as roupas bonitas, os fashionists foram para outras bandas e os criadores pensam já na estação seguinte.
Como é bom de ver (e ler), pouco percebo dos assuntos de moda, ou melhor,  sobre a criação, corte e costura. Estes posts são o meu olhar, empírico e leigo sobre estes dias de rodopio entre desfiles, um cocktail e conversas com amigos num meio que não é o meu. É óbvio que este distanciamente provém do meu anonimato, uma outsider do métier sem imagem pública ou alvo de curiosidade. Este universo pertence a um género trendy que julgo funcionar num circuito fechado de conhecimentos oriundos da televisão, do meio artístico, das relações públicas, da cosmética, e por vezes também da política (a alta finança é mais recatada). Não pertencendo a nenhum destes ambientes, e sem motivos,  digamos, de ordem estética, não há legenda possível para os perdidos na tradução (ou na transfusion).
Seja como for, mais ou menos trendy, parvenues existem em todos os meios, wannabes medram até com luz artificial,  fake preppies e puxa-sacos são uma seca onde quer que estejam. Claro que se trata de um ambiente proporcionador de uma feira das vaidades (beautiful people, corpos elegantes, transgressão q.b, excêntricidade aplaudida), mas que interessa, é uma exuberante feira de vaidades, a minha favorita.
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