Emagrecer sem sofrer: comprove o antes e o depois
Há fenómenos que decididamente não compreendo e esta coisa das dietas é um deles. Abre-se a net e só vemos "emagreça dormindo", "10 minutos de vibração ao dia para o abdomén perfeito", "entre em forma, garantia do Pelé", a televisão entrou no estado catatónico da publicidade milagrosa, farmácias vendem comprimidos, patches, pomadas, chás, as montram estão feitas para corpinhos sem mácula, nos restaurantes só há gente a comer iogurtes, salada de frutas, salada de alface, salada de frango, peixe grelhado e pescada cozida, nos ginásios aumentam as filas de carros, o combate à celulite torna-se um desígnio pessoal, a rádio acorda-nos com planos de emagrecimento, as agências de viagens prometem-nos o paraíso para bikinis brasileiros, as revistas tornam-nos cúmplices de uma sociedade sem barrigas para a felicidade conjugal, as clínicas de estética oferecem pernas à la carte sem dor e a prestações, consultas para nutricionistas só para Dezembro e isto sem falar no assalto aos produtos naturais que não fazem mal e tiram a fome. Os supermercados mostram os últimos triunfos da estética que vão desde o leite condensado light, à marmelada light, passando pelos donuts light, para mim um enorme mistério. E isto sem esquecer os planos "mexa-se mais" em vídeo e em livro: nem as livrarias escapam à febre do "entre em forma", agora com a Cindy Crawford porque a Jane Fonda já está a cair da tripeça.
E depois disto tudo, acabo de ler que cada vez há mais pessoas gordas. Vá lá a gente entender estas coisas. Mas como diz um amigo "não te canses. Está tudo nos genes".
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